As alterações climáticas causadas sobretudo pelo aquecimento global começaram a ocorrer em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, com chuvas fortes e inundações de proporções imensas atingindo a região sul do Brasil, inclusive a capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
A Sociedade Brasileira de Diabetes criou um documento informativo com algumas instruções para as pessoas com diabetes que vivem em áreas atingidas pelas enchentes. Confira:
Quanto à conservação e duração da insulina:
– As insulinas que estavam conservadas na geladeira, mas que permaneceram sem refrigeração devido à falta de luz durante 2 ou 3 dias, podem ser usadas, desde que não tenham sido expostas ao sol, calor intenso ou congeladas. Esses frascos, que não foram abertos, têm uma validade de 3 meses;
– Recomenda-se que os novos frascos de insulina que forem recebidos pelas pessoas que estiverem alojadas em abrigos sejam mantidos na geladeira na gaveta destinada aos legumes ou em geladeiras de isopor com gelo gel (não usar gelo normal para evitar o congelamento da medicação). Se não houver condições de conservar assim, que pelo menos o frasco de insulina seja colocado num local fresco e onde não bata sol. É importante identificar o frasco com o nome da pessoa com diabetes para a qual se destinam aqueles frascos ou frasco de insulina;
– Os moradores que estiverem em casas de vizinhos ou parentes poderão seguir as mesmas orientações.
Quanto às condições de higiene e a aplicação de insulina:
– Não utilizar seringas ou frascos que foram molhados pelas águas das chuvas ou pela lama;
– Usar álcool gel ou líquido para limpar as mãos e a região onde será aplicada a insulina. Lavar com água e sabão tanto as mãos como o local de aplicação de insulina tem a mesma eficácia que o álcool.
Quanto ao reaproveitamento de seringas:
– Se não houver disponibilidade de seringas em número suficiente para que sejam descartadas após o uso, pode-se usar a mesma seringa, desde que seja para a mesma pessoa, tomando os seguintes cuidados:
1- Identificar a seringa da pessoa com diabetes e deixá-la com o usuário, orientando para que ela seja mantida dentro da própria embalagem com a agulha tampada;
2- A seringa poderá ser usada pela mesma pessoa com diabetes de 3 a 4 vezes. Se não houver condições de trocar a seringa, é melhor continuar a usá-la do que ficar sem tomar a insulina;
3- Não tocar na agulha com a mão nem com algodão com álcool; não colocar a seringa com agulha em recipiente com álcool.
Quanto aos cuidados dos pés:
Evitar pisar em locais que possam ferir os pés, usar sapatos confortáveis e fechados, mantendo meias limpas, é fundamental para os adultos que tenham diabetes.
Se ferir os pés, lave bem com água e sabonete, proteja com gaze limpa e mantenha-se em repouso sempre que possível.
Dieta:
Em situação de emergência, com falta de frutas, legumes e verduras, como é o caso nestas ocasiões, a saída é comer em quantidades moderadas, se você tiver excesso de peso, mesmo que seja só arroz e feijão ou macarrão. No caso de crianças e adolescentes, se estiver contando carboidrato, isto pode ser mantido.
É importante frisar que esta é uma situação de emergência e que essas indicações podem não ser ideais para as condições normais.