Segundo dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, de 2021, cerca de 9% da população brasileira acima de 18 anos convive com o diabetes.
No Brasil, estima-se que cerca de 4,7% da população sofre de alguma forma de transtorno alimentar, e entre os adolescentes a taxa chega a 10%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para adolescentes do sexo feminino com diabetes, além disso, há de 2 a 3 vezes mais chance de desenvolver um transtorno alimentar do que as que não são apresentam a doença. O TA mais frequente nas pessoas com diabetes é conhecido com o nome de diabulimia, onde ocorrer a omissão da dose de insulina ( a pessoa pula ou deixa de aplicar) com o objetivo de perder peso. A prevalência de omissão de Insulina no diabetes tipo 1 (sobretudo em jovens, pré-adolescentes e adolescentes) é descrita atualmente como sendo de 21% em uma recente revisão realizada.
Para despertar a conscientização sobre os tipos de transtornos alimentares, o Dia Mundial de Ação Contra os Transtornos Alimentares é celebrado em 2 de junho. Transtornos alimentares são condições tratáveis, mas que podem afetar qualquer indivíduo. Nesse quesito, assemelha-se ao diabetes, pois pode ocorrer com qualquer pessoa, independentemente de idade, sexo, raça ou condição socioeconômica.
Segundo a SBD, a associação entre as duas condições pode ser detectada por sinais como: hemoglobina glicada (média dos níveis de glicose no sangue nos três meses anteriores) em alta sustentada (acima de 9%, por exemplo); hipoglicemias que necessitem de cuidado imediato; preocupação constante com peso e imagem corporal; necessidade de mudança constante no plano alimentar; humor deprimido; e deixar de monitorar glicemias capilares e de aplicar insulina.
É importante quebrar barreiras do estigma e realizar uma intervenção precoce com uma equipe especializada, para o tratamento da pessoa com o transtorno alimentar Os pais e os familiares são atores-chave na recuperação de seus filhos.
A educação é a chave para a prevenção do transtorno alimentar na pessoa com diabetes.