Para o presidente da SBD, Levimar Araújo, interdisciplinaridade foi o destaque do evento; mais de 80 palestrantes brasileiros participaram desta edição – que teve formato híbrido A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) realizou, nos dias 29 e 30 de abril, a 2ª Edição do Fórum de Atualização e Inovação em Diabetes. O evento – realizado em formato híbrido – teve participação de 950 pessoas, tanto presencialmente (no Centro de Convenções do Hotel WTC, em São Paulo) como on-line. De acordo com o presidente da SBD e endocrinologista, Levimar Rocha Araújo, A edição do fórum foi rica em atualizações: “Foram apresentados novos medicamentos, com muito impacto na questão da obesidade e da diabetes – muitos vão conseguir lidar com ambos ao mesmo tempo. Do ponto de vista da tecnologia, foram também apresentadas as inovações em bombas de insulina. Mas o mais importante foi a integração de pacientes, parentes de pacientes e profissionais, em uma discussão interdisciplinar”, afirmou Araújo. “Tivemos cardiologistas, endrocrinologistas, clínicos, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, farmacêuticos e pacientes, todos debatendo sobre a diabetes.” O fórum, ressaltou, contribuiu para expandir e promover a atualização de conhecimento e compartilhamento de ideias, com todos os profissionais de saúde envolvidos no cuidado de pessoas com diabetes. Luiz Turatti, que é ex-presidente da SBD, apresentou a evogliptina – um novo inibidor da enzima DPP4 (responsável pela desativação das incretinas, substâncias do organismo que ajudam a regular os níveis de glicose) como nova opção para tratamento da DM2. “Quando falamos de tratamento de doenças crônicas, tão ou mais importante do que escolher a melhor alternativa terapêutica é avaliar o paciente como um todo, para estabelecer objetivos de tratamento”, disse. Ele ressaltou que inibidores dessa enzima são já reconhecidos pela segurança e comodidade (são usadas em muitos casos apenas uma vez ao dia): “São drogas de baixo potencial de hipoglicemia e excelente tolerância, não causam ganho de peso corporal e são as mais seguras para paciente em que o risco de hipoglicemia tem de ser minimizado.” No Brasil já existem 5 representantes dessa classe de medicamento – e a evogliptina deve compor esse leque de opções a partir do 2º semestre deste ano, disse Turatti. Entre as inovações do medicamento está, por exemplo, a possibilidade de uso sem ajuste de dose em pacientes portadores de versões leves ou moderadas de insuficiência renal ou hepática. Os temas dos painéis nos dois dias do fórum também incluíram diagnosticar e intervir de forma precocemente em complicações crônicas do Diabetes Melittus (DM), novas terapias no manejo do DM/Síndrome Metabólica/Obesidade e o manejo nutricional para idosos, entre outros. “A abordagem do paciente com síndrome metabólica, obesidade e principalmente daquele com diabetes, pensando em composição corporal, deve ir muito além da balança”, disse o endocrinologista Clayton Macedo. “Peso e mesmo o IMC [Índice de Massa Corporal] são muito limitados nessa avaliação.” Novos medicamentosA apresentação de Pecoits abordou os últimos 20 anos de tentativas de tratamento renal do diabetes, com uma revisão “dos estudos clínicos que geraram informações que basearam a aprovação, pelo FDA [agência reguladora de remédios e alimentos dos EUA] e outras agências, de duas novas classes de medicação – os inibidores de SGLT2 e os antagonistas não-esteroidais dos receptores de mineralocorticóides”. O médico ainda revisou o impacto que a introdução desses medicamentos teve nas diretrizes de tratamento da doença renal crônica ao longo do último ano. “[Comentário do dr. Pecoits sobre as ‘novas terapias em fases avançadas de estudos clínicos, que vão tentar dar um passo adiante na redução adicional do risco de terapias que já estão consagradas’]”, disse.
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